Especial para o Autos Segredos
Costumo encontrar uma turma de amigos com alguma frequência. Em nossas confraternizações, algum deles logo pergunta qual carro estou avaliando e o que estou achando dele. Não me lembro de nenhum que tenha despertado tanta curiosidade quanto o Fusca. Até mesmo os que não se interessam por automóveis entraram na conversa sobre o Volkswagen.
Papo vai, papo vem, perguntaram quanto o modelo custa. Quando respondi que os preços partem de R$ 80 mil, o espanto foi geral: quase todos acharam caríssimo. Respondi que sim, é um valor bem alto, mas que estamos tratando de um esportivo, com motor 2.0 turbo de 200 cv de potência, e que dentro de tal proposta, o modelo é um dos mais íveis. Minha explicação acabou desencadeando outra onda de espanto: ninguém sabia que o Fusca era capaz de proporcionar alto desempenho.
Não sei se a surpresa dos meus amigos reflete um efeito generalizado ou se foi fruto de um episódio isolado. Mas confesso que fiquei bem curioso com o assunto. O fato é que as palavras esportivo e Fusca estão associadas há muito pouco tempo. O modelo original apelava para questões racionais, como robustez, não para performance. O New Beetle, que veio bem depois, tinha uma aura de sofisticação e andava bem, mas também ava longe de ser um foguete.
A Volkswagen não escondeu que, ao desenvolver o atual Fusca, quis transmitir uma imagem de masculinidade, pois o New Beetle acabou ficando com certa fama de carro de mulher. Trata-se de uma mudança no perfil do produto que, talvez, ainda não tenha sido absorvida pelo grande público. Quem dirige o modelo, contudo, não tem dúvida: em termos de desempenho, ele radicaliza mesmo.
Peço desculpas aos leitores que sentiram falta de um post mais informativo, mas achei que seria interessante postar uma curiosidade sobre nossa avaliação do Fusca. Em breve, publicaremos a avaliação completa, que chamamos de “Ao Volante”. Acompanhem!
Fotos | Nilo Soares/Especial para o Autos Segredos