Outro fator que também contribui para seu declínio foi o fato do mercado brasileiro ter aceitado bem os modelos de “cara chata”. 13332o
Mesmo sendo um projeto desenvolvido na década de 1980 e apesar de perder espaço de carga, o seu preço mais baixo em relação a concorrência era um dos fatores que contribuíam para sua aceitação no mercado. Apesar da idade, o caminhão mais antigo da Mercedes-Benz ainda tinha uma legião de fãs.
O veterano caminhão ainda tinha a seu favor o custo de manutenção extremamente baixo, a facilidade no o ao compartimento do motor e a menor altura da cabine em relação ao solo
O Mercedes-Benz L1618 estreou no modelo plataforma em 1988 e em 1989 ele recebeu a linha recebeu os cavalos mecânicos 1935 e 1941.
O Mercedes-Benz LS 1941 vinha com carenagem lateral e calotas.
Em setembro de 2012, a Mercedes-Benz rebatizou sua linha caminhões antigos para Atron composta pelos modelos 1319, 1635, 1719, 2324 e 2729.
A linha Atron 2012 também seu modelo “cara chata” entre as opções tinham o 1719 e 2729 que acabaram sendo substituídos pela linha Atego entre 2016 e 2017.
Na época, a linha foi redesenhada e o modelo recebeu ao padrão visual internacional da Mercedes-Benz. E não foi só no visual que a linha recebeu novidades, o caminhão “bicudo” recebeu motores eletrônicos Euro 5 e catalisadores SCR.
Além da mudança visual, o interior também foi renovado na época com os bancos e interior recebendo novos revestimentos da cabine padronizados com os demais veículos da linha de caminhões da Mercedes-Benz. O volante também ficou mais ergonômico para o motorista e o com novas grafias ou a contar com computador de bordo de série.
Em 2016, o Mercedes-Benz Atron 2324 ganhou a série limitada para marcar os 60 anos da Mercedes-Benz no Brasil.
A edição limitada contava com 60 unidades, das quais 59 tinham um selo de identificação da edição comemorativa e seus proprietários receberam uma placa personalizada. O 60° Atron da edição limitada foi customizado com itens e órios da Alliance Truck Parts e leiloada em setembro de 2016.
A edição também marcou o encerramento da produção dos modelos plataforma do caminhão “bicudo”.
A estratégia da Mercedes-Benz para retirar o caminhão de cena vem de longa data. Aos poucos a marca foi reduzindo seu portfólio.
Na linha média, o Mercedes-Benz Atron foi sendo substituído pelo Atego. Já na linha dos pesados, os caminhões Axor e Actros foram ocupando seu espaço.
Mas seu fim foi sacramentado com a chegada da nova geração do Actros.
Assim como o fim de vida dos Volkswagen Fusca e Kombi ou do Fiat Uno de primeira geração, o fim de produção do Atron é um fato histórico na indústria automotiva brasileira.
Em 2016 com o fim da oferta do modelo plataforma, o Mercedes-Benz Atron ou a ser ofertado no modelo cavalo mecânico 1635 4×2 até o fim de sua produção em 15 de junho de 2020.
Ele era equipado com o motor MB OM 457 LA, BlueTec 5, de seis cilindros em linha. O propulsor tem potência de 345 cv a 1.900 rpm e torque de 148 kgfm a 1.100 rpm. O motor é ligado a transmissão ZF 16S-1650 manual de 16 marchas.
O modelo 1635 4×2 atendia o segmento de extrapesados com capacidade máxima de tração de 50 Ton, que o credenciava para puxar semirreboques de até 3 eixos, seja qual for o tipo de carga transportada.
A opção 1635 era o favorito das empresas transportadoras de valores. O caminhão tinha a cabine blindada e sua capacidade era ampliada para até 5 ocupantes.
Já a versão 1735 plataforma para o mercado argentino oferecia cabine leito.