Modelo a por facelift, mas não tem quaisquer mudanças mecânicas e nem na cabine. Montadora crê que 2024 será um ano “forte” nas vendas
A Mercedes-Benz Caminhões revelou na quarta-feira, 31, durante evento em sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP), novidades para sua linha 2024. A montadora apresentou as versões reestilizadas do Atego, que já haviam sido antecipadas por este Autos Segredos, e configurações para Actros e Arocs.
A linha Atego 2024 oferece quatro versões de cabine: Standard, Estendida, Leito Teto Alto e Leito Teto Baixo. Conta, como novidades, com os modelos vocacionais 1729 compactador de lixo e 1733 bombeiro. O portfólio completo é o seguinte:
- 1419
- 1719
- 1726 / 1733 Plataforma
- 2429 6×2
- 2433 6×2
- 3033 8×2
- 2730 6×4
- 3330 8×4
- 1729 compactador de lixo
- 1733 bombeiro
O Atego rodoviário e urbano chega ao mercado com uma frente mais moderna e que faz “par” com a família Actros. Jefferson Ferrarez, vice-presidente de vendas, marketing, peças e serviços da empresa ressaltou as melhorias aerodinâmicas, que fazem com que se tenha maior eficiência energética.
Já o Atego voltado para o off-road segue o visual da linha Arocs. De acordo com a fabricante, dispõe de nova grade, defletor de ar, para-choque com estrutura metálica tubular, faróis modulares com substituição individual dos módulos, elementos com design mais clean para maior robustez de fixação e protetores de faróis.
Como supracitado, modelos rodoviários e urbanos podem contar com itens da versão off-road como opcional. Por terem peças em comum com outros veículos da Mercedes, os caminhões Atego reestilizados garantem, ainda segundo a montadora, redução do custo operacional.
Não houve mudanças na cabine e nem no conjunto mecânico do Mercedes-Benz Atego 2024. Até mesmo porque, o caminhão recebeu recentemente os propulsores OM 926 LA de seis cilindros e o OM 924 LA de quatro cilindros Euro 6.
Os modelos Atego 1419 e 1719 vêm com o motor OM 924 LA, que rende 185 cv de potência e 71,3 kgfm de torque. O Atego 1726, por sua vez, tem o mesmo propulsor, mas com 260 cv de potência e 91,7 kgfm de torque. O 1733 conta com propulsor idêntico, mas que, neste caso, entrega 321 cv de potência e torque de 127,4 kgfm.
O Mercedes-Benz Atego 2429 6×2 vem equipado com o OM 926 LA de 286 cv de potência e 112,1 kgfm de torque, mesmo dos Atego 2730 6×4 e 3330 8×4. Os Atego 2433 6×2 e 3033 8×2 são equipados com o motor OM 926 LA com 321 cv de potência e torque 127,4 kgfm.
As vocacionais compactador de lixo e bombeiro vêm, respectivamente, com o OM 926 LA de 286 cv e de 321 cv. A caixa destes caminhões é a automática Allison S3000 P de 6 velocidades.
Vale frisar que, de acordo com Ferrarez, os modelos da linha Mercedes Atego 2024 sofrerão reajuste de preços de 4% a 5%. Para o executivo, aumento considerado “normal”.
Além da linha Atego 2024, novidades para Actros e Arocs 4f3n4g
A Mercedes também apresentou algumas novidades para Actros e Arocs. O Actros 2553 6×2, voltado para aplicações rodoviárias, vem com motor de 530 cavalos para configurações de 58,5 toneladas e começa a ser vendido a partir de fevereiro. Já o Arocs 3353 S 6×4 é voltado para os segmento canavieiro, atendendo às 91 ton, e madeireiro. A montadora, inclusive, revelou que 50 unidades da versão já foram produzidas e entregues à Raízen.
“O Arocs oferece soluções eficientes e rentáveis para diversas operações da mineração, construção civil, grandes obras de infraestrutura e também do agronegócio, como o transporte de cana-de-açúcar e madeira”, destacou Ferrarez.
“A linha 2024 do Actros se destaca por motores potentes e econômicos, com avançada tecnologia BlueTec 6 da Mercedes-Benz. Além disso, oferecem máxima performance, segurança incontestável, confiabilidade e disponibilidade, além de conforto, robustez e versatilidade. É por isso que sempre temos novos e muitos motivos para conquistar a confiança e a preferência dos clientes”, completou o executivo.
Mercedes espera vender mais caminhões t44n
De acordo com Achim Puchert, presidente da empresa para a América Latina, a Mercedes está otimista para 2024 no Brasil. O executivo prevê alta de 12% nas vendas da fabricante, muito em decorrência do crescimento dos setores de agronegócio e mineração.
“Acreditamos que estes segmentos irão, mesmo em condições difíceis, muito bem em 2024. O problema no Brasil, no entanto, ainda é a taxa de juros, que segue alta e ainda causa impacto no poder de compra”, afirmou. A queda da taxa de juros deveria ser mais acentuada, a fim de melhorar o poder de compra das famílias e das empresas e impulsionar o mercado de caminhões”, completou Puchert.
O executivo disse ainda que o Brasil faz parte “estratégia de desenvolvimento e sustentabilidade da Daimler”. Todavia, frisou que, além de infraestrutura, o país necessita garantir mais incentivos fiscais de forma a criar um ambiente de “isonomia no mercado”. A companhia, vale frisar, não é beneficiada pelo regime praticado nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, já que suas unidades estão no Sudeste.