Novo conjunto mecânico muda comportamento do subcompacto italiano
Bragança Paulista (SP)
Lançado em abril, o Fiat Mobi chegou ao mercado com o antigo motor Fire. Apesar de confiável e robusto, o propulsor deixava o compacto para trás quando se comparado aos concorrentes que são equipados com motores mais modernos. Sete meses depois de sua chegada, a Fiat finalmente coloca seu compacto em paridade com os adversários. A marca lança a versão Drive equipada com seu novo motor 1.0 Firefly que chega com preço sugerido de R$ 39.870. Nos próximos meses, o modelo terá versão equipada com câmbio Dualogic, que terá seu acionamento por botões como na linha Uno.
Equipado com o motor Firefly, o compacto é vendido em versão única e está posicionado entre as versões Like e Like On. Para 2017, a marca estima que a versão Drive será responsável por 20% das vendas do modelo. As demais opções Easy, Easy On, Like, Like On, Way e Way On continuam a ser vendidas com o motor Fire que ou por uma atualização.
O ganho de potência é de apenas 2cvs em relação ao Fire com etanol no tanque. Com gasolina o novo propulsor perdeu 1 cv. Em compensação o ganho de torque com gasolina foi de 1,4 kgfm, já com etanol o ganho foi de 1 kgfm. Outra vantagem é chegada do torque máximo mais cedo. No Firefly está disponível aos 3.250 rpm, no Fire ele só chega aos 3.850 rpm.
Além do novo motor mais econômico e potente, o Mobi Drive também leva vantagem sobre as demais versões pela adoção da direção elétrica.
Hoje, por coincidência, andamos pela manhã com um Volkswagen up! take no deslocamento de casa para o aeroporto com três ocupantes. De tarde repetimos o trio, dessa vez a bordo do Mobi. Apesar de locais diferentes, o percurso é muito similar. Quando se comparado ao modelo alemão o compacto italiano leva a vantagem por ter melhor retomada.
Porém, o up! ainda leva vantagem pelo melhor acerto de suspensão e pelo câmbio de engates precisos e macios. No Mobi, o câmbio continua com relações longas e engates macios, mas, as vezes não tão suaves. A única mudança no câmbio é a quinta mais longa que a caixa que equipa o Fire.
No percurso do test drive, nota-se que o Mobi Firefly carece de ter melhor isolamento acústico. Em acelerações mais fortes e retomadas, o barulho do motor incomoda os ocupantes. Nesse quesito, o Uno Firefly tem melhor isolamento acústico.
Quem já andou no Mobi Fire, o melhor é esquecer suas impressões. Com o novo conjunto mecânico, o Mobi se tornou outro carro. Para efeitos de comparação é a transformação da lagarta em borboleta.
DE SÉRIE
O compacto a a contar com direção elétrica que conta ainda com a função City. Entre os equipamentos de série estão o ar-condicionado, chave canivete com telecomando, vidros elétricos nas portas dianteiras com função one touch e antiesmagamento, trava elétrica nas quatro portas, limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro, abertura interna da tampa do tanque de combustível e do porta-malas, volante com regulagem de altura, cintos de segurança dianteiros com regulagem de altura, banco traseiro bipartido, cargo box, lane change, ESS, sinalização de frenagem de emergência, e pneus “superverde” com alta durabilidade e maior aderência.
OPCIONAIS
A Fiat oferece dois pacotes opcionais: um deles, chamado de Rádio Connect, inclui sistema de som com Bluethoot e entradas USB e auxiliar, retrovisores elétricos com Tilt Down e luz de seta integrada, volante multifuncional e rodas de liga leve 14 polegadas, por R$ 4.500. O outro kit, batizado de Live On, traz faróis de neblina, alarme com telecomando, sensores de estacionamento traseiro e interior com console de teto e espelho auxiliar, por R$ 4.650.
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Fotos | Fiat/Divulgação
(*) O jornalista viajou à convite da FCA.