Quarta-feira (8/6), 19h30, trânsito parado em Belo Horizonte (MG). Uma greve de professores estaduais congestiona as principais vias de o como a Avenida do Contorno. Por puro reflexo o jornalista Bruno Freitas olha para o lado e enxerga no meio de um emaranhado de carros dois protótipos de testes do Nissan Sunny. Sem ter como ir atrás já que estava em sentido contrário, liga para a redação e informa seu achado. Eu não estava na editoria de Veículos, já que estava fechando Internacional, nisso o celular tocou e do outro lado o jornalista Enio Greco relata a presença dos vistantes mexicanos na capital mineira.
Na hora, não pude fazer nada, apenas fui a editoria de Veículos e ficamos especulando se valia a pena ir atrás ou não, já que o trânsito estava travado. Esperei o fechamento da edição ar e liguei novamente para o Bruno afim de confirmar em qual sentido os carros seguiam, para então selecionar os hotéis da região na tentativa de localizar os protótipos do Nissan Sunny.
Sem ter conseguido o objetivo volto para casa e vou dormir, já são 00h30, coloco o relógio para despertar às 4 horas. Quinta-feira (9/6) 5 horas em ponto, estou na porta do hotel depois de ficar em pé por mais de três horas e meia. Começo a duvidar que os protótipos ainda estejam no hotel. Decido subir ao estacionamento com a desculpa que estou esperando um amigo, o que já basta para ter a visão dos carros e ver que os engenheiros estavam se preparando para sair. Desço e aguardo por mais meia-hora e às 9 horas em ponto sou recompensado com o primeiro protótipo a sair da garagem do hotel.
As pouco mais de três horas de sono e as mais de quatro horas em pé sem ao menos piscar os olhos, não são nada se comparados a adrenalina de registrar o primeiro flagra do Nissan Sunny em testes no Brasil. Os protótipos eram avaliados por engenheiros mexicanos e pelo que percebi eles ficaram sem ação ao me ver descarregando a máquina em cima deles.
No visual externo o Sunny apesar de não ter os mesmo faróis do March o sedã mantém o estilo espichado como no hatch. Ainda na dianteria o modelo tem um vinco que começa no capô e desce até o para-choque. Nas laterais há um vinco profundo que começa no para-lama dianteiro e termina no traseiro acompanhando o desenho das lanternas traseiras, que invadem a lateral em forma de bumerangue. O teto conta com uma caída acentuada e a traseira tem a tampa do porta-malas curta, sendo que o vidro traseira amplo deve ajudar na visibilidade, já que o Sunny tem a coluna C mais larga.
INTERIOR No Brasil a marca deve manter a mesma nomenclatura S e SL usadas em outros modelos para diferenciar as opções de acabamento. Das duas unidades flagradas, uma era versão topo de linha e outra, básica. A provável SL era o protótipo vermelho que tinha espelhos retrovisores pintados na cor da carroceria e rodas de liga leve. O interior dessa unidade é mais requintado com os forros de portas com detalhes de acabamento em tecido. Já a unidade branca que deverá ser a S contava roda de ferro e calotas, além de maçanetas, retrosvisores na cor preta e as forrações das portas eram 100% revestidas em plástico. Pelo flagra o será o mesmo do March e mesmo sendo construído de plástico duro aparentavem ser de boa qualidade. O rádio CD/Player MP3 é o mesmo de outros Nissan.
MECÂNICA O sedã conta com suspensão Maherson na dianteira e barra de torção traseira. Na motorização o Sunny deverá ter somente a opção 1.6 16V Flex com comando de válvulas variável. Estima-se que o motor tenha potência de 110cv. As unidades estavam calçadas com rodas de aro 15 e pneus de medida 185/65. Agradeço ao Bruno por seu olhar atento, pois, senão fosse isso os Sunnys ariam despercebidos na capital mineira.
Galeria
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Fotos | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos
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