Chamados de Projetos XJI e XJF, as novas gerações de Sandero, Logan e Stepway não serão mais produzidas no Brasil. Renault seguirá a “onda SUV” com dois novos representantes
Foi bom enquanto durou, mas a Renault jogou a toalha e desistiu de lançar as novas gerações de Logan, Sandero e Stepway no Brasil — conforme apurações exclusivas do Autos Segredos em conjunto com nossos amigos do Portal Quatro Rodas. Eles faziam parte dos Projetos XJI e XJF, que contemplavam quatro novos modelos para o mercado brasileiro.
Com o cancelamento do sedã, do hatch e do aventureiro, o único que será mantido é um SUV compacto que marcará a chegada da plataforma CMF-B ao Brasil. Além do B-SUV, a ofensiva inclui o Bigster, motor 1.0 turbo e a nacionalização do 1.3 TCe.
Os atuais Sandero e Logan já estão com a gama de versões bem reduzidas e seguirão em linha até os novos protocolos de segurança que exigem controles de tração e estabilidade que entrará em vigor em 1° de janeiro de 2024.
As novas gerações de Logan, Sandero e Stepway, que também seriam produzidas na Colômbia, provavelmente terão o mesmo destino da brasileira e serão canceladas.
Novo SUV compacto da Renault
O novo SUV compacto da Renault deverá fazer sua estreia em 2023. Ele será construído a partir da plataforma CMF-B do novo Clio. Chamado de HJF, o modelo será menor que o Duster, mas com dimensões maiores que o Stepway.
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Nossos amigos da Quatro Rodas apontaram, em matéria publicada em outubro de 2020, que o novo SUV compacto terá uma pegada de crossover.
Mirando no Fiat Pulse e no VW Nivus, o novo SUV compacto da Renault terá motor 1.0 Turbo Flex. Na prática, esse propulsor é o mesmo 1.0 SCe, mas com novo cabeçote e o turbo.
Bigster
Além do SUV compacto, a plataforma também dará origem ao Bigster em sua versão de produção. A própria Dacia já confirmou que o SUV grandalhão, que atuará no segmento “C”, será construído a partir da arquitetura.
A Dacia não revelou muitos detalhes do Bigster, mas adiantou que ele tem 4,60 metros de comprimento. Medida pouco menor que a do Jeep Commander, com seus 4,76 m de comprimento. O que indica que os planos da Renault são de oferecer um SUV para sete ageiros que cairia como uma luva para o atual momento do mercado brasileiro e que, de quebra, aumentaria a rentabilidade da marca.
O Bigster tem linhas parrudas como as do Duster e suas laterais seguem o estilo do irmão menor. Patentes vazadas na Europa indicam que a versão de produção terá muito do visual do conceito, com os para-lamas bem destacados e as molduras plásticas na parte inferior que se estendem por toda a lateral.
A linha de cintura do Bigster de produção seguirá a do conceito. A mudança fica por conta do vidro espia menor na coluna “C”.
Na porção dianteira, grade e luzes formam um só conjunto, como se fossem uma barra. Os faróis, vale frisar, são em LED. Já o para-choque tem skid plate integrado com uma enorme entrada de ar na parte inferior.
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Por fim, na traseira, o Bigster de produção será bem fiel ao conceito e manterá suas lanternas que parecem um “Y” deitado. Já a tampa do compartimento de carga tem um enorme vinco onde deverá ser alojada a placa de identificação. Por fim, o para-choque tem um enorme skid plate integrado.
No Brasil, o Renault Bigster fará sua estreia em 2024 e será equipado com o motor 1.3 TCe turbo flex ligado ao câmbio CVT. A diferença para o conjunto do Captur será apenas sua origem, já que a marca produzirá o motor 1.3 TCe em sua fábrica em São José dos Pinhais (PR).
Reestilzações
Até a chegada dos dois novos SUVs, a Renault se manterá no mercado atualizando a picape Oroch, Kwid e Master. Além do motor 1.3 TCe que será estendido ao Duster. As reformas visuais dos três modelos deverão chegar logo no começo de 2022.